O que aprendemos com o adultério de Davi?

 



          “Então Davi mandou mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela”

(1 Samuel 11.4).

A Bíblia fala que o rei Davi, já com o reino consolidado, cometeu um ato de adultério ao se relacionar com uma mulher casada, Bate-Seba, mulher de Urias, um de seus leais soldados. Como a mulher havia engravidado, o rei Davi, para contornar a situação e esconder seu adultério, planejou a morte do marido dela, tomando-a como sua esposa em seguida. Como a Bíblia descreve o adultério como pecado, a atitude de Davi, secreta aos súditos do reino, não passou despercebida aos olhos de Deus, que o repreendeu severamente e não permitiu que a criança, fruto do seu adultério, vivesse. Neste post, mostramos três lições que extraímos dessa narrativa bíblica.

1. O pecado de adultério de Davi trouxe insensibilidade ao seu coração, fazendo-o perder, por algum momento, o temor de Deus, a ponto de cometer outro pecado, quando planejou e providenciou a morte do marido da mulher com quem adulterara (1 Samuel 11.15). De fato, o pecado deixa o ser humano insensível e sem temor para com Deus. Não é à toa que o texto sagrado nos diz que “um abismo chama outro abismo” (Salmos 42.7), numa evidente demonstração de como o pecado age no coração do ser humano, levando-o a fazer coisas piores, caso não haja arrependimento e confissão. O rei Davi, portanto, conheceu e experimentou o lado obscuro da insensibilidade e, como consequência, da falta de temor a Deus, quando deixou o pecado de adultério dominar seu coração.

2. O pecado de adultério de Davi trouxe indiferença ao seu coração, de modo que se assentava em seu trono como se nada tivesse acontecido. Ele, certamente, sequer pensava na possibilidade de ser punido por Deus, achando que podia prosseguir com a sua rotina, envolvido com as demandas do reino. Por isso, diante do profeta Natã, que lhe contou uma história de injustiça, o rei se comportou como defensor dos injustiçados (1 Samuel 12.5), sem entender, a princípio, que aquela história lhe dizia respeito e apontava para o seu pecado e para a sua indiferença.  Assim, o pecado de adultério de Davi, por um momento, o fez esquecer de Deus, deixando-o totalmente indiferente às coisas espirituais e à vida com Deus.

3. Deus não está indiferente aos pecados cometidos por seus servos, qualquer que seja a sua posição social ou eclesiástica. Devemos entender que Deus “vê tudo o que há debaixo dos céus” (Jó 28.24). Então, obedecer ou não a Deus é o que fará a diferença, pois aquele que confessa seus pecados e os deixa, alcançará misericórdia (Provérbios 28.13). No entanto, para aqueles que acham que ficarão impunes, a Palavra sagrada diz que Deus “há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Eclesiastes 12.14). Por isso, não fiquemos admirados quando casos como esses de Davi vêm à tona envolvendo notórios homens de Deus. O juízo de Deus começa por sua casa, isto é, por seu povo (1 Pedro 4.17), o que nos faz compreender, portanto, que Deus não está indiferente aos pecados que cometemos e tentamos esconder dos outros.

Portanto, o pecado de adultério de Davi nos faz compreender o quanto o ser humano é frágil e pode facilmente se distanciar de Deus, vivendo espiritualmente de forma insensível e indiferente. Davi se arrependeu de seu pecado e buscou em Deus perdão, como lemos em Salmos 51. Do mesmo modo, nunca é tarde para  reconhecermos os nossos pecados e buscarmos em Deus o seu perdão, se quisermos viver em comunhão com ele e não sermos o alvo de seu juízo. A Bíblia ainda fala!

 

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