“Naquela mesma noite, o Senhor lhe disse: Levante-se e ataque o arraial, porque o entreguei nas suas mãos”
(Juízes 7.9).
A Bíblia
fala sobre Gideão, um homem usado por Deus para livrar Israel da opressão dos
midianistas. Sob a direção de Deus,
Gideão formou um exército de trezentos homens para guerrear contra o exército
midianita, mais numeroso e mais experiente em batalhas e conquistas, que estava
acampado em um vale próximo, esperando o dia amanhecer para saquear a nação
israelita. Sem uso de armas de guerra, mas apenas com tochas, trombetas e
cântaros, Gideão enfrentou e venceu os midianitas: uma conquista grandiosa para
a sua época – confira Juízes, a partir do capítulo 6. Neste post, apresentamos três lições que
extraímos dessa grande conquista de Gideão.
1.
Deus quer que compreendamos que as nossas conquistas – materiais ou espirituais
- vem dele, e que ele nos abençoa graciosamente em meio as circunstâncias que
nos cercam. O texto sagrado deixa isso bem claro quando diz: “O Senhor disse a Gideão: É demais o povo que está com
você, para eu entregar os midianitas nas suas mãos. Israel poderia se gloriar
contra mim, dizendo: A minha própria mão me livrou” (Juízes 7.2). Assim,
não são os nossos esforços – ainda que sejam importantes e necessários - que
nos fazem trilhar pelos caminhos da vitória, mas Deus, de quem emana toda boa
dádiva e todo dom perfeito (cf. Tiago 1.17). Compreender essa verdade é essencial à
vida cristã, e nos ajuda a vivermos com um coração humilde diante de Deus, que
detém o controle de todas as coisas, inclusive das circunstâncias que nos
cercam, abrindo e fechando portas conforme a sua vontade e, portanto, revelando
a sua soberania para nós.
2.
Deus quer que compreendamos que não somos imprescindíveis diante dele. Em
outras palavras, somos importantes para Deus, mas não insubstituíveis. O texto
bíblico nos diz: “Então o Senhor disse a Gideão: Ainda
há povo demais. Faça-os descer até as águas, e ali eu os provarei para você.
Aquele de quem eu disser: Este irá com você, esse de fato irá com você; porém todo
aquele de quem eu disser: Este não irá com você, esse não irá” (Juízes 7.4).
Assim, não é Deus que precisa de nós para alguma coisa, mas nós que precisamos
dele para tal. Não é Deus que é um ser carente e necessitado, que precisa de nós
ou de nossa ajuda, mas nós que somos carentes e necessitados e precisamos dele
no nosso dia a dia: para respirar, para se alimentar, para trabalhar, enfim,
para viver. Precisamos, portanto, nos colocar diante de Deus, nos oferecendo a
ele humildemente, para que encontremos graça para segui-lo e servi-lo,
promovendo a sua glória e a glória do seu reino.
3.
Deus quer que compreendamos que nenhum desafio é capaz de neutralizar o seu
poder ou a sua ação em nosso favor. Em outras palavras, o poder do inimigo
nunca é igual ao poder de Deus. Os midianistas eram numerosos e estavam
acompanhados de outras nações, como lemos: “Os
midianitas, os amalequitas e todos os povos do Oriente cobriam o vale como uma
nuvem de gafanhotos” (Juízes 7.12). No entanto, eles não eram páreo para
o grande poder de Deus que, através de um sonho de um guerreiro midianita,
revelou para Gideão o fim deles (cf. Juízes 7.13). O final desta história nos faz
ver Deus agindo em favor do seu povo, Israel, cujo exército, formado por apenas
trezentos homens escolhidos por Deus, foi capaz de derrotar toda aquela gente
sem fazer uso de nenhuma arma de guerra: usaram apenas trombetas, cântaros e tochas.
O texto sagrado nos esclarece: “Ao soar das
trezentas trombetas, o Senhor tornou a espada de um contra o outro”
(Juízes 7.22). Isso é suficiente para nós entendermos, portanto, o quanto o
Senhor Deus é poderoso!
As
lições que aprendemos dessa narrativa bíblica sobre a vida de Gideão nos ensinam
que Deus é soberano e poderoso, controlando todas as coisas pela ação do seu
eterno poder. O que nos resta, portanto, é confiar nele, submetendo-nos à sua
vontade, pois só ele é capaz de “fazer tudo muito
mais abundantemente, além daquilo que pedimos ou pensamos” (Efésios 3.20).
A Bíblia ainda fala!