O que aprendemos com a conversão de Cornélio?

 


“Agora estamos todos aqui, na presença de Deus, prontos para ouvir tudo o que o Senhor ordenou a você”

(Atos 10.33)

A Bíblia fala da conversão de um homem romano chamado Cornélio. Como lemos em Atos 10, Cornélio era um oficial romano, piedoso e de certo poder aquisitivo, que recebeu instruções divinas para ouvir o evangelho pregado por Pedro. No momento da pregação, Cornélio e seus familiares e amigos que também ouviam o sermão de Pedro, foram batizados no Espírito Santo e, posteriormente, nas águas, como evidência de sua conversão.  Neste post, com base no texto bíblico supracitado, apresentamos três ensinamentos que extraímos desse evento.

1. Ser religioso não garante a salvação de uma pessoa diante de Deus. A religião, neste caso, é apenas uma evidência intrínseca ao ser humano da existência de Deus, mas não a garantia de sua salvação. Por isso Deus, em sua infinita graça, divinamente instruiu Cornélio para ouvir o evangelho da salvação ministrado por Pedro, para crer em Jesus como Salvador e aceitá-lo pela fé. Cornélio o fez e foi batizado nas águas como evidência pública de sua conversão. Com seu batismo em águas, Cornélio passou a fazer parte da igreja cristã do primeiro século – até então composta de crentes oriundos do judaísmo - sendo o primeiro gentio, isto é, não judeu, a aceitar a salvação em Jesus.

2. O evangelho precisa ser anunciado a todos, independentemente de serem religiosos ou não. Se Cornélio, sendo religioso, precisou ouvir o evangelho para sua salvação, assim também quem não é religioso também precisa ouvi-lo, pois, como nos diz a Palavra de Deus, “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23).  Neste caso, o evangelho se apresenta como as Boas Novas de Deus que possibilitam ao ser humano ouvir sobre Jesus e crê nele para a sua salvação (Romanos 10.17). Neste contexto, o evangelho verdadeiro é aquele que apresenta uma mensagem cristocêntrica, tal qual a mensagem pregada por Pedro a Cornélio. Qualquer mensagem que desconsidere a supremacia de Cristo no plano de Deus para a salvação do ser humano é o resultado de um evangelho falso, devendo ser rejeitado, como sugere o apóstolo Paulo (Gálatas 1.8). A igreja evangélica, portanto, tem a obrigação de tornar conhecido o verdadeiro evangelho de Deus ao mundo.

3. O derramamento do Espírito Santo sobre Cornélio e seus familiares e amigos gentios pressupõe que a salvação que Deus oferece na pessoa de Cristo é universal, isto é, é destinada a todos os seres humanos, e não somente aos judeus, como se pensava entre os primeiros cristãos convertidos, provenientes do judaísmo. Por isso que Paulo, escrevendo a Timóteo, disse que Deus “deseja que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2.4). A salvação em Cristo, portanto, é para todos, inclusive para mim e você, caro leitor.

Apenas pertencer a uma igreja cristã não é suficiente para garantir a salvação de uma pessoa. O evangelho da salvação nos diz  que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Crer em Jesus como salvador é, portanto, essencial para a nossa salvação. A Bíblia ainda fala!

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