O que aprendemos com o evento da mulher adúltera levada até Jesus?

 


“Então os escribas e fariseus trouxeram à presença dele uma mulher surpreendida em adultério”

(João 8.3).

A Bíblia fala sobre uma mulher adúltera, flagrada no próprio ato e levada até Jesus pelos religiosos de sua época. O objetivo deles era embaraçar Jesus, colocando-o em confronto com a lei mosaica vigente, para acusá-lo de desobediência e desqualificá-lo como Mestre de sucesso entre o povo da época. Neste post, mostramos três lições que extraímos dessa passagem Bíblica.

1. Jesus mostrou que todos são pecadores diante de Deus, como sugere o texto sagrado: “Jesus se levantou e lhes disse: Quem de vocês estiver sem pecado seja o primeiro a atirar uma pedra nela” (João 8.7). De fato, a exceção de Jesus, que reune em si a natureza humana e a divina, “todos pecaram e carecem da glória de Deus”, como enfatiza o texto bíblico de Romanos 3.23. Em razão dessa verdade, presente na consciência de todas as pessoas, os líderes religiosos “saíram um por um, a começar pelos mais velhos até os últimos” (João 8.9). À luz das Escrituras Sagradas, portanto, ser pecador é uma condição sine qua non ao ser humano, ou seja, faz parte da sua natureza.

2. Jesus trouxe novas perspectivas ao relacionamento com Deus, quando disse: “Também eu não a condeno”, dirigindo-se àquela mulher (João 8.11).  Essas perspectivas, no contexto da Nova Aliança, apontam para o fato de que Deus oferece ao ser humano o seu perdão, a possibilidade de uma nova vida (novo nascimento), a justificação da condição de pecador, a possibilidade de ele viver uma vida santa em sua presença, dentre outras. Como pontua o texto sagrado: “Agora, pois, já não existe nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1). Portanto, Jesus, em sua resposta aos líderes religiosos que queriam questionar sua autoridade divina, colocou o ser humano numa posição muito privilegiada diante de Deus, deixando implícito que, na Nova Aliança, há possibilidade de perdão e restauração para aqueles que vivem uma conduta inadequada diante de Deus, mas que, arrependidos, querem mudar de direção. Certamente, foram essas novas perspectivas de vida que impactaram a vida daquela mulher depois daquele encontro “casual” com Cristo.

3. Jesus exigiu mudança de comportamento, quando também disse àquela mulher: “Vá e não peque mais” (João 8.11). Sendo assim, quem hoje deseja viver uma vida com Deus não está isento de responsabilidade e obediência às leis divinas. Em outras palavras, ninguém pode viver em comunhão com Deus do seu jeito, ou fora dos padrões que ele estabeleceu. A vida com Deus, reflexo de sua multiforme graça presente na Nova Aliança, exige que se viva em constante novidade de vida (Romanos 6.4), consciente de que “se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5.17). A vida com Deus mediante sua graça, portanto, não nos exime de uma vida de obediência aos padrões éticos e morais que ele estabeleceu em sua Palavra.

Portanto, esse evento bíblico nos faz ver o grande amor de Deus pelo pecador, ao lhe conceder oportunidade para arrependimento, perdão e restauração da comunhão que foi perdida no Éden. E esta comunhão com Deus só é possível mediante a aceitação de Jesus como Salvador. A Bíblia ainda fala!

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