“Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e a humanidade, Cristo Jesus, homem”
(1Timóteo 2.5).
A
Bíblia fala sobre Jesus, mostrando que nele há duas naturezas que coexistem em
perfeita harmonia: a humana e a divina. Neste poste, vamos falar da natureza humana de Jesus e suas implicações
para as nossas vidas.
1. Jesus se tornou homem
para cumprir o plano divino de salvação
A
Bíblia fala que Deus, em sua presciência, já havia estabelecido um plano de
salvação para a humanidade, mesmo antes da existência dela[1]
(Apocalipse 13.8- ERC). Nesse plano constaria o nascimento do Salvador, como nos diz
o texto bíblico: “Porque um menino nos
nasceu, um filho se nos deu” (Isaías 9.6). Assim, Jesus, sendo Deus
(Filipenses 2.6), tornou-se homem para cumprir o plano divino no tempo
determinado por Deus: “Mas, quando
chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher,
nascido sob a lei” (Gálatas 4.4). Isso nos faz compreender que Deus – salvo
algumas exceções, como o fato de Jesus ter sido concebido por uma ação do
Espírito Santo – usa os fatores naturais para cumprir seus planos, ou seja,
Jesus foi gerado em um ventre materno – e humano – cresceu numa família, sob os
cuidados de seus pais, se relacionou socialmente com outras pessoas e viveu uma
vida social normal até à sua morte. Esta morte, no entanto, foi o diferencial
na sua vida humana, pois era por meio dela que o plano divino de salvação da
humanidade se consumaria, como nos mostra o texto sagrado, ao registrar as últimas palavras de Cristo: “Está
consumado” (João 19.30). Portanto, a
natureza humana que Jesus assumiu em seu corpo tornou-se essencial dentro do
plano de salvação de Deus; e essa natureza fez de Jesus um ser semelhante a
nós, mas sem pecado, como veremos a seguir.
2. Como homem, Jesus não
conheceu pecado
Outro
aspecto da natureza humana de Jesus é que ele – diferentemente de nós - não
conheceu pecado. Como homem ele tinha irmãos e irmãs (Mateus 12.47), foi
tentado (Mateus 4.1), chorou (João 11.35), dormiu e foi acordado por seus
discípulos (Marcos 4.38), teve fome e desejou se alimentar (Mateus 21.18), teve
sede e pediu água (João 4.7), participou de uma festa de casamento (João 2.2)
e, por fim, foi crucificado e morto (João 19), mas não pecou em momento algum
durante a sua vida terrena. O texto sagrado diz: “Ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem
pecado” (Hebreus 4.15). Assim, vemos na Bíblia que Jesus, em sua natureza
humana, foi um homem santo, justo e verdadeiro. O único capaz de satisfazer
plenamente a vontade de Deus em toda a sua justiça e santidade. É por meio
desse homem chamado Jesus, portanto, que podemos nos aproximar de Deus para uma
vida de comunhão com Ele, como veremos abaixo.
3. Como homem, Jesus é o
mediador da Nova Aliança entre Deus e os homens
Por último, enfatizamos que Jesus, na sua natureza humana, após sua morte e ressurreição, tornou-se o mediador da Nova Aliança de Deus com os homens, como nos diz o texto sagrado: “Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e a humanidade, Cristo Jesus, homem” (1Timóteo 2.5). Assim, qualquer tentativa nossa de nos aproximarmos de Deus deve ser feita somente por meio da pessoa de Jesus. Ele próprio falou: “Eu sou o caminha, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). Jesus é, portanto, o elo que faltava na relação Deus-homem desde a desobediência deste último no jardim do Éden.
Portanto, a Bíblia – a Palavra de Deus – nos apresenta Jesus como o homem perfeito, por meio de quem podemos ter comunhão com Deus. A Bíblia ainda fala!
[1] Cremos que Deus, na sua presciência, conhecia o destino da humanidade de não obedecer a seus mandamentos e, por consequência, recusar-se a viver em comunhão com Ele, a partir de Adão e Eva (Cf. Gênesis 3).