O que aprendemos com a transfiguração de Jesus?

 


“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou, em particular, a sós, a um alto monte. E Jesus transfigurou-se diante deles” 

(Marcos 9.2).

A Bíblia fala que Jesus, certa vez, subiu a um monte, levando consigo Pedro, João e Tiago e, ali, transfigurou-se diante deles, de modo que suas vestes ficaram extremamente brancas (Marcos 9.3). Esse evento foi algo extraordinário, marcando profundamente a vida dos discípulos que o presenciaram. Ele também apresenta um significado singular para nós, pois dele podemos extrair algumas lições, como seguem:

Primeiramente, compreendemos que a transfiguração nos ensina que, a despeito das labutas, perseguições e sofrimentos que, muitas vezes, marcam a vida dos seguidores de Cristo neste mundo, um dia eles participarão do reino e glória do seu Mestre. Isso fica evidente na aparição de Elias e Moisés nesse evento, participando da mesma glória da transfiguração de Jesus, embora tenham morrido a milhares de anos (Marcos 9.4)  Assim, Jesus, mesmo na sua forma humana, marcada pela humildade e pobreza, se transfigurou para mostrar aos seus discípulos a sua glória, deixando implícito que eles também participariam dela no futuro, como o texto sagrado nos ensina: “Quando Cristo, que é a vida de vocês, se manifestar, então vocês também serão manifestados com ele, em glória” (Colossenses 3.4). A manifestação da glória de Cristo, portanto, faz parte da esperança de sua Igreja e se dará por ocasião de sua vinda em glória para ela arrebatar (1 Tessalonicenses 4.17).

Em segundo lugar, também compreendemos que a transfiguração  nos ensina sobre a proeminência de Jesus enquanto Filho de Deus. Tal proeminência é vista não somente no fato de Moisés e Elias desaparecerem repentinamente, mas também na declaração que o próprio Deus faz acerca de seu Filho: “Este é o meu Filho amado; escutem o que ele diz!” (Marcos 9.7). Desse modo, escutar Jesus é uma obrigação – e um privilégio! – imposta a todos os seus seguidores. Precisamos ouvir o que Jesus nos diz, e não o que os homens nos dizem. Como ovelhas do seu pastoreio, precisamos ouvir a voz do nosso Sumo Pastor, como ele próprio disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem (João 10.27). Somente Jesus, portanto, tem palavras de vida eterna (João 6.68)

Por último, compreendemos que a transfiguração nos ensina que precisamos olhar só para Jesus. Moisés e Elias, enquanto representantes da lei e dos profetas nesse evento glorioso de Cristo, logo desapareceram, de modo que os discípulos, “olhando ao redor, não viram mais ninguém com eles, a não ser Jesus” (Marcos 9.8). Dessa forma, fica evidente que os seguidores de Cristo, à semelhança daqueles três discípulos, precisam estar com os olhos fixos em Jesus, “o autor e consumador da nossa fé” (Hebreus 12.2). Ele é a luz que nos ilumina. Ele é o caminho que nos conduz a Deus. Ele é o único mediador entre Deus e os homens.

Portanto, o evento da transfiguração é o evento da proeminência de Cristo e, de certa forma, tem uma relação com a nossa vida cristã, enquanto seguidores seus. Como tais, precisamos ouvi-lo, estar com os olhos fixos nele, permanecer nele, depender dele e, com fé e esperança, aguardar a manifestação de sua glória, na certeza de que dela participaremos também. A Bíblia ainda fala!

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