“E nos
predestinou para ele, para sermos adotados como seus filhos”
(Efésios
1.5).
A
Bíblia fala da predestinação. Como já dissemos em outro post[1],
ela, no contexto do Novo Testamento, existe em função de alguns propósitos já
estabelecidos por Deus para a sua igreja, a quem ele predestinou em Cristo
Jesus (Efésios 1.11). Neste post,
destacamos com mais detalhes três propósitos da predestinação que se cumprem na
vida dos salvos em Cristo, isto é, na sua igreja, como seguem.
1. A
igreja foi predestina para que seus membros vivam na condição de filhos de
Deus, como pontua o texto sagrado: “E nos
predestinou para ele, para sermos adotados como seus filhos” (Efésios
1.5). Para estar na condição de filho de Deus, o indivíduo precisa crer em
Jesus, aceitando-o como seu Salvador pessoal, como indica o texto sagrado: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (João
1.12). Essa condição é necessária porque Deus não predestina uma pessoa em
particular, mas a igreja, como já mencionamos acima. Assim, ao crer em Jesus, a
pessoa passa a fazer parte de sua igreja, tornando-se filho de Deus: “Amados, agora somos filhos de Deus” (1 João 3.2).
Vivendo na condição de filho de Deus, a igreja passa a ter privilégios e
responsabilidades. Como privilégio, o texto sagrado diz que ela foi abençoada
com bênçãos espirituais (Efésios 1.3), como
a de herdeira de Deus (Romanos 8.17); como
responsabilidade, ela deve anunciar o evangelho, tornando as virtudes de Deus
conhecidas (1 Pedro 2.9). Logo, a igreja,
isto é, cada um de seus membros, deve viver como filho de Deus, consciente das
implicações dessa sua posição, pois para isso ela foi predestinada.
2. A
igreja foi predestina para que seus membros se assemelhem à Cristo, como
salienta o texto bíblico: “também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho” (Romanos
8.29). A imagem que a Bíblia nos apresenta de Jesus é a de que ele foi
obediente (Filipenses 2.8), amoroso (João 13.34), perdoador (Marcos 2.5),
pacífico (João 18.10,11), acolhedor, manso e humilde (Mateus 11.28,29), etc. Desse modo,
considerando tais imagens que temos de Cristo, devemos nos assemelhar a ele,
não para vivermos em critério de igualdade com o Senhor, mas para que em tudo
ele “seja o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos
8.29), ou seja, tenha a supremacia (Colossenses
1.18). A igreja, portanto, deve se assemelhar ao seu Senhor, pois foi
também para isso que ela foi predestinada.
3. A
igreja foi predestinada para que seus membros sejam adoradores de Deus, como
revelam as Escrituras: “predestinados [...] a fim
de sermos para louvor da sua glória” (Efésios 1.11,12). Jesus, no
encontro que teve com a mulher samaritana, nos fez compreender que Deus procura
adoradores que o “adorem em espírito e em verdade”
(João 4.24). Sendo assim, compreendemos que a adoração a Deus não depende mais de um lugar
específico - como se acreditava entre os judeus da época de Jesus - pois “esse lugar” é a
igreja, que para isso foi predestinada. Além disso, a adoração da igreja a Deus
é atemporal, pois envolve o tempo presente e o futuro, isto é, a eternidade,
como se pode ver no texto bíblico que segue, no qual os vinte e quatro anciãos
representam o povo de Deus do Antigo e do Novo Testamento: “E os vinte e quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao
que vive para todo o sempre” (Apocalipse 5.14). A igreja, então, foi
predestinada para louvor da glória de Deus, e deve louvá-lo em todo o momento, em
espírito e em verdade, promovendo a sua glória.
Por
fim, pela exposição acima, fica claro que a predestinação existe em função de
alguns propósitos já estabelecidos por Deus para a sua igreja, a qual ele
predestinou em Cristo desde a fundação do mundo. A Bíblia ainda fala!