“Indo
Eliseu a Suném, havia ali uma mulher importante, a qual o reteve para comer pão”
(2
Reis 4.8)
A
Bíblia fala sobre o encontro do profeta Eliseu com uma mulher da cidade de Suném.
Esta mulher era rica e, vendo o profeta passando constantemente por sua cidade,
resolveu, em conjunto com o seu marido, construir um quarto de hóspede em sua
casa para Eliseu, a quem o via como “um santo homem
de Deus” (2 Reis 4.9). Impressionado com a bondade da mulher, Eliseu combina
com Geazi, seu ajudante, uma forma de retribuir a hospitalidade dela. Como
perceberam que ela não tinha filhos porque o seu marido era já velho, Eliseu
então profetizou que, no ano seguinte, ela teria um filho. Apesar de ela ter
ficado surpresa e cética, a profecia se cumpriu, e ela deu à luz um filho. Mais
tarde, quando o menino já estava grande, veio a morrer, deixando aquela mulher
aflita e angustiada. Ela recorreu ao profeta Eliseu que, pela intervenção
divina, ressuscitou o menino. Neste post, apresentamos quatro lições que
extraímos desse evento bíblico
1. A
mulher sunamita, apesar de ser rica, era desprendida das coisas materiais, resolvendo
ajudar o profeta Eliseu no cumprimento do seu ministério. Para ela, Eliseu era “um santo homem de Deus” (2 Reis 4.9) e, como tal,
merecia ter um lugar para repouso quando estivesse na cidade dela, Suném. Com
isso, aprendemos que Deus espera que, à semelhança daquela mulher, também
sejamos desprendidos das coisas materiais, focando sempre no seu reino.
Atualmente, a obra missionária espera por pessoas com essa visão da sunamita,
isto é, crentes em Cristo que possam fazer a diferença na obra missionária,
ajudando os obreiros – santos homens de Deus – na evangelização de povos que
precisam ouvir o evangelho para crerem em Jesus e serem salvos (Romanos 10. 17). Creio eu que o Senhor nos abençoa
materialmente também para essa finalidade, restando a nós, portanto, poder
cumpri-la enquanto temos oportunidade para isso. Foquemos no reino de Deus!
2. A
mulher sunamita demonstrava amor e generosidade para com o homem de Deus no
exercício de seu ministério, sem esperar nada em troca. Quando indagada pelo
profeta se precisava de alguma coisa, ela respondeu: “Eu
habito no meio do meu povo” (2 Reis 4.13). Em outras palavra, aquela
mulher estava dizendo para Eliseu que estava satisfeita com a sua vida, com o
que tinha, que o Senhor a abençoara. Ela também dizia, implicitamente, que o
que fazia não era um ato de barganha, ou seja, não era uma ação em troca de um
benefício espiritual ou material, mas uma ação que brotava de um coração
generoso e confiante no Senhor, razão pela qual ela promovia o bem-estar do
homem de Deus no exercício de seu ministério. Do mesmo modo, as nossas ações em
prol do reino de Deus não devem ser mesquinhas nem vaidosas, mas ações que
visem ao engrandecimento do reino de Deus e ao bem-estar daqueles que estão
engajados na obra do Mestre. Ações que conduzam muitas pessoas a Cristo e,
assim, promovam a glória de Deus.
3. A
mulher sunamita é surpreendida por Deus com o inesperado. Quando o profeta lhe
disse que teria um filho, ela respondeu: “Não, meu
senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva” (2 Reis 4.16), numa
evidência de que, embora fosse casada, ter um filho já não fazia parte de seus
planos, pois o seu marido já era velho (2 Reis 4.14).
Da mesma forma, Deus também nos surpreende quando o nosso foco é o seu reino, e
o nosso objetivo é promover o bem-estar dos seus servos e a glória do seu nome.
Ele, na sua infinita graça e misericórdia, nos abençoa abundantemente, de modo
que o inesperado, isto é, aquilo do qual já tínhamos desistidos, passa a ser
uma realidade em nossas vidas. Assim, o Senhor nos mostra que não somente é o
Deus do impossível, mas também o Deus que conhece os desejos do nosso coração
e, graciosamente, nos abençoa.
4. A mulher sunamita experimentou os
dissabores de sua humanidade, sem deixar de confiar em Deus. O texto sagrado
diz que o filho daquela mulher passou mal e morreu em seu colo (2 Reis 4.20), algo que ela não esperava que
acontecesse. Vivendo, talvez, o pior momento de sua vida, a Sunamita não se
desestabilizou emocionalmente, nem espiritualmente (2
Reis 4.23). Angustiada, ela procurou o homem de Deus a quem abençoara, e
de quem havia recebido a promessa de ter um filho, na esperança de que aquela
situação fosse revertida. Ela pôs a sua confiança em Deus que, por meio do seu
servo Eliseu, ressuscitou o menino e fez tudo voltar à normalidade: “Então chamou a Geazi, e disse: Chama esta sunamita. E
chamou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o teu filho” (2 Reis 43.6).
Assim também, mesmo diante dos dissabores que marcam a vida terrena, quando
confiamos em Deus, ele faz tudo voltar à normalidade em nossas vidas. Então,
vale a pena confiar no Senhor!
Concluindo,
essa passagem bíblica nos ensina que precisamos colocar o nosso coração nas
coisas de Deus: nas necessidades dos homens de Deus, na evangelização das
pessoas, na obra missionária. Quando assim fazemos e no Senhor confiamos, ele
cuida de nós em todos os momentos. A Bíblia ainda fala!