O que aprendemos com o evento bíblico da multiplicação dos pães por Eliseu?

 


“Um homem veio de Baal-Salisa e trouxe ao homem de Deus pães das primícias, vinte pães de cevada, e espigas verdes numa sacola"

(2 Reis 4.42).

A Bíblia fala que Eliseu recebeu uma oferta de pães para o seu ministério. Ele, então, pediu ao seu ajudante que os distribuísse com as pessoas que ali estavam, ouvindo a sua ministração. A princípio, o ajudante se recusou, acreditando que aqueles vinte pães não eram suficientes para alimentar os presentes – cerca de cem homens. O profeta, então, ordenou-lhe: “Dê às pessoas para que comam. Porque assim diz o Senhor: Comerão, e ainda vai sobrar" (2 Reis 4.43). O final dessa narrativa bíblica diz que todos comeram e ainda assim sobrou pão, conforme o Senhor tinha dito por intermédio de Eliseu, seu servo. Neste post, apresentamos três lições que extraímos desse evento bíblico.

1. O homem de Deus não pode olhar para as circunstâncias adversas, vendo em tudo obstáculo para realizar a obra que Deus confiou em suas mãos: a pregação do evangelho ao povo em sua volta. Nem tão pouco pode olhar apenas para os recursos que tem em mãos, achando-os insuficiente para tal propósito. Na verdade, o Senhor tem sempre uma medida certa para cada servo seu, de modo que o que aparenta ser pouco “ainda vai sobrar” (2 Reis 4.43) e o que aparenta ser muito é apenas o suficiente. Cabe ao homem de Deus, portanto, viver na dependência exclusiva do Senhor, que provê todas as coisas em seu favor e em favor de sua obra.

2. O homem de Deus não pode estar alheio às necessidades espirituais do povo em sua volta, isto é, daqueles que estão sob a sua liderança. Ele precisa compreender que o seu “depósito espiritual” é fruto da graça de Deus em sua vida e que, como homem de Deus, espiritual, precisa reconhecer as necessidades dos seus liderados, alimentando-os sempre que necessário. Esse alimento não pode ser qualquer coisa, mas “pão”, ou seja, a genuína Palavra de Deus que apresenta Jesus como o Pão da Vida: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome” (João 6.35). Quem, de fato, se alimenta do verdadeiro evangelho jamais sente fome, e, por isso, não precisa buscar no mundo nenhuma fonte de alimento, pois o seu alimento vem de Deus, sendo reflexo de sua provisão (Salmos 23). Assim, resta ao homem de Deus compreender que é sua a missão de alimentar o povo de Deus com alimento espiritual sólido, nutritivo e de boa qualidade.

3. O homem de Deus não pode pensar apenas em acumular para si, fazendo pouco caso das necessidades espirituais dos que estão em sua volta. Infelizmente, é isso que tem acontecido com algumas lideranças evangélicas que, fazendo descaso das necessidades espirituais do povo, têm-no enganado e tirado proveito dessa situação, enriquecendo-se materialmente e deixando o povo mais pobre espiritualmente. Em outras palavras, como assevera a Palavra do Senhor, tratando o povo de Deus como objeto de negócio, visando apenas o lucro (2 Pedro 2.2). No entanto, como essa mesma Palavra afirma, para esses líderes, “a condenação decretada há muito tempo não tarda, e a destruição deles não caiu no esquecimento” (2 Pedro 2.3). Ao homem de Deus, portanto, resta confiar no Senhor, acreditando na sua provisão e tendo sempre em mente que o Senhor conhece as intenções de cada coração e, no seu tempo, recompensará cada um conforme a sua obra (Romanos 2.6).

Finalizando, vemos que esse evento bíblico é fantástico, falando diretamente ao coração do homem de Deus, chamado para fazer a sua obra, para que ele esteja sempre no centro da vontade daquele que o chamou. Você está nessa condição? A Bíblia ainda fala!

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