A parábola das dez virgens: explicação

 

“Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo” 

(Mateus 25.1)

A parábola das dez virgens, presente em Mateus 25. 1-13, apresenta vários ensinamentos para a vida cristã. Partindo do princípio de que as dez virgens representam a igreja cristã atual, o noivo, o Senhor Jesus e o azeite (ou a sua ausência) a forma como a vida cristã é vivida – sob o domínio do Espírito Santo ou não - destacamos a seguir alguns ensinamentos bíblicos que estão presentes nessa narrativa bíblica:

1. Essa parábola fala sobre vigilância e apela para uma vida cristã sincera.

As virgens, como nos mostra a narrativa bíblica, saíram ao encontro do esposo. Este, por sua vez, vinha ao encontro delas para levá-las para sua casa, para participarem das bodas. A caminhada parecia longa, como sugere o teto bíblico: “E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram” (Mateus 25.5). Estar preparado para esse encontro, portanto, seria a condição! Ter azeite suficiente para a caminha seria uma atitude prudente e sábia.

2. Há crentes que vivem uma vida cristã autêntica e, por isso, estão preparados para a vinda de Cristo.

Esses crentes são representados, nesta parábola, pelas virgens prudentes, que possuíam azeite suficiente para abastecerem suas lâmpadas quando saíram ao encontro do esposo e, por isso, puderam participar das bodas quando ele retornou. Eles frequentam a igreja, oram, leem a Palavra, e se esforçam para obedecerem a Deus, vivendo um relacionamento pessoal e verdadeiro com o Senhor. Assim, esses crente estão preparados para a vinda do Senhor, e por ela aguardam.

3. Há crentes que vivem uma vida cristã nominal e, por isso, não estão preparados para a vinda de Cristo.

Esses crentes são representados, nesta parábola, pelas virgens loucas, que não possuíam azeite suficiente para abastecerem suas lâmpadas quando saíram ao encontro do esposo e, por isso, não puderam participar das bodas, pois ficaram pelo caminho. Eles frequentam a igreja, leem a Bíblia e até oram - As virgens loucas também oravam: "Senhor, Senhor, abre-nos a porta" (Mateus 25.11) - mas vivem a vida cristã de aparência, sem comunhão verdadeira com o Senhor. Assim, esses crentes não estão preparados para vinda de Jesus, e por ela serão surpreendidos.

4. Jesus voltará repentinamente e levará consigo apenas aqueles que estiverem preparados para participarem de seu reino e glória.

O texto sagrado diz que as virgens estavam sonolentas e dormentes, quando, de repente, ouviu-se um grito: “Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro!” (Mateus 25.6). As virgens que estavam preparadas – com azeite suficiente para manterem suas lâmpadas acesas – puderam encontrar o esposo e entrar em sua casa para participarem com ele das bodas. As outras ficaram pelo caminho, pois tinham ido comprar azeite e não voltaram a tempo de encontrar o esposo.

5. Quando Jesus voltar, haverá alegria para alguns e frustração para outros.

Sem dúvidas, as virgens que estavam preparadas puderam encontrar o esposo e isso foi um momento de grande alegria para elas, assim como o será para os crentes que serão arrebatados e encontrarão o Senhor nos ares, entre nuvens, para viverem eternamente com o ele (1 Tessalonicense 4.17).

Para aquelas virgens loucas, que não puderam encontrar o esposo e participar de suas bodas, foi um momento de grande frustração. Elas, ao baterem à porta, ouviram do esposo: “Em verdade vos digo que vos não conheço” (Mateus 25.12). Quanta frustração! Do mesmo modo, muitos serão os crentes que ficarão frustrados no dia do arrebatamento. Eles tiveram a chance de viver uma vida de comunhão com Deus neste mundo, mas viveram a vida cristã de forma nominal, preferindo amar os prazeres do mundo a fazerem a vontade de Deus (1João 2.15).

Portanto, essa parábola é uma advertência para nós crentes em Cristo: a vida cristã deve ser vivida num contexto de vigilância e sinceridade, sob pena de sermos surpreendidos e não participarmos do seu reino e glória. A Bíblia ainda fala!