“Onde abundou o pecado, superabundou a graça”
(Romanos 5.20)
A
Bíblia fala que todos somos pecadores diante de Deus, e que o pecado nos
afastou – e nos afasta – dele (Isaías 59.2; Romanos 6.23). No entanto, o
Criador, na sua infinita graça, não deixou de tratar com o pecado dentro do
plano de salvação que propiciou para o homem. Neste post, com base
em Romanos 6,vamos ver como Deus tratou o pecado e suas consequências na vida
daqueles que aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador.
Em
primeiro lugar, vemos que Deus, em relação ao pecado, nos “crucificou com
Cristo”. O texto sagrado nos diz: “sabendo isto: que o nosso velho
homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim
de que não sirvamos mais ao pecado” (Romanos 6.6). Dessa forma, é por
estarmos “crucificados com Cristo” que estamos livres da escravidão do pecado,
isto é, o pecado já não tem mais domínio sobre nós, crentes em Cristo. Tendo em
vista esse benefício espiritual, Paulo escreveu: “Já estou crucificado
com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo
na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo
por mim” (Gálatas 2.20)
Em
segundo lugar, vemos que Deus nos fez, mediante a simbologia batismal, “morrer
em Cristo”. O texto sagrado nos diz: “Ou não sabeis que todos quantos
fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que
fomos sepultados com ele pelo batismo na morte” (Romanos 6.3,4). Com isso,
podemos dizer que é por estarmos “mortos com Cristo” que estamos justificados
do pecado (Romanos 6.7), ou seja, Deus já não imputa mais nenhum pecado a nós,
ainda que estejamos na condição de pecadores, tendo uma natureza pecaminosa. Em
outras palavras, por estarmos “mortos em Cristo”, nenhum pecado entra em nossa
conta, ainda que sejamos pecadores
Em
terceiro lugar, vemos que Deus “nos ressuscitou em Cristo”. O texto sagrado nos
diz: “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para
que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós
também em novidade de vida” (Romanos 6.4). Desse modo, entendemos que
“andar em novidade de vida” é o resultado de nossa ressurreição espiritual.
Paulo deixa isso bem claro quando afirma: “Portanto, se já
ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está
assentado à destra de Deus” (Colossenses 3.1). Em Efésios 2.6, ele
também diz que Deus “nos ressuscitou juntamente com Cristo e nos fez
assentar nos lugares celestiais”. Na condição de “ressuscitados em
Cristo”, portanto, precisamos fazer a vontade de Deus, viver dentro de sua vontade e lhe agradar em tudo.
Por
último, vemos que Deus, por meio de Jesus e sua morte na cruz, anulou o efeito
do pecado em nossas vidas: a morte eterna. O texto sagrado diz: “Porque
o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por
Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6.23). Assim, ao aceitarmos Jesus
como nosso Senhor e Salvador, o pecado não tem mais o poder de nos afastar de
Deus eternamente. Um dia, quando partirmos para a Eternidade, podemos ter a
certeza de que a viveremos na presença de Deus, graças ao sacrifício de Jesus
na cruz do calvário por nós.
Portanto,
vemos que, no contexto da salvação, Deus não anulou a nossa natureza pecaminosa
quando aceitamos a Jesus como Salvador, mas anulou o efeito do pecado em nossas
vidas e do seu domínio nos livrou para vivermos para sua glória e louvor.
Assim, não estamos mais sob o domínio do pecado, o que nos permite dizer “não”
sempre que o pecado bater à porta dos nossos corações. O segredo para isso, como
vimos acima, é “estarmos em Cristo”, pois tudo se resume nele, por ele e para
ele. No entanto, em face de nossa natureza pecaminosa, “se alguém
pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” ( João
2.1). O leitor já se apropriou dessas bênçãos maravilhosas? Pense nisso. A
Bíblia ainda fala!