“A casa de Israel deu àquele alimento o nome de maná. Ele era como semente de coentro, branco e com gosto de bolo de mel”
(Êxodo 16.31).
A
Bíblia fala que Deus, todas as manhãs, enviava o maná – uma espécie de
alimento – para o povo israelita, recém-saído do Egito,
fazer suas refeições. Cada família
deveria apanhar esse alimento antes do nascer do sol e consumi-lo no mesmo dia.
A quantidade de maná era proporcional à quantidade de pessoas na família.
Assim, uma família menor recolhia menos; uma maior recolhia mais. Esse evento
aconteceu por quarenta anos, até o momento em que o povo entrou na terra
prometida. Com esse feito, Deus sustentou o seu povo em pleno deserto, tornando
possível a sua existência (Êxodo 16). Neste post,
mostraremos, à luz da Bíblia, o que o maná representa para nós crentes em
Cristo.
Inicialmente,
aprendemos que o evento do maná tem origem em Deus. O texto sagrado nos diz: “Então o Senhor disse a Moisés: Eis que
farei chover do céu pão para vocês, e o povo sairá e recolherá diariamente a
porção para cada dia” (Êxodo 16.4). Dessa forma, vemos que Deus é o
provedor das necessidades de seu povo em pleno deserto, provendo o alimento
necessário à sua subsistência. O povo comeria do maná diariamente, saciaria sua
fome e, assim, poderia continuar a sua jornada de encontro à terra prometida,
onde teria abundância de alimentos, bem sintetizada na expressão “terra que
mana leite e mel”, de Deuteronômio 26.9. Ao chegar a essa terra, o maná seria
apenas um evento memorístico para as futuras gerações (Êxodo 16.33).
Depois,
aprendemos que o evento do maná aponta para Jesus, que disse: “Eu sou o pão da vida” (João 6.48).
Assim, Jesus se compara a um alimento que pode nos propiciar um benefício
glorioso: a vida eterna. O pão (maná) que os israelitas comeram por quarenta anos, serviu apenas para saciar a
fome material deles durante a sua jornada pelo deserto. Posteriormente, todos
morreram. Jesus, no entanto, como o “pão da vida”, tornou-se o único alimento
que pode saciar nossa fome espiritual e nos garantir a vida eterna. Ele disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se
alguém comer deste pão, viverá eternamente” (João 6.51). Como “pão da
vida”, ou seja, como alimento espiritual – já que naquela cultura da época de
Jesus o pão era considerado um alimento essencial à vida – somente Jesus pode
nos alimentar verdadeiramente e nos satisfazer espiritualmente, deixando-nos
aptos para participar da vida eterna, a qual ele dará aos que creem no seu
nome.
Também
aprendemos que o evento do maná fala da necessidade de nos alimentarmos
espiritualmente, e esse alimento espiritual, como já dissemos acima,
encontramos em Jesus. Ele disse: “Este é
o pão que desceu do céu, [...] quem comer este pão viverá eternamente” (João
6.58). Nesse contexto, assim como os israelitas precisavam comer do maná para
resistirem à caminhada pelo deserto, assim também precisamos nos alimentar
desse pão espiritual – Jesus – para resistirmos à caminhada pelo deserto desta
vida. Talvez, metaforicamente falando, podemos encontrar, ao longo de nossa
caminhada, vários alimentos e várias pessoas que queiram nos alimentar. Porém,
outro alimento não serve: só o “pão da vida”. Ninguém mais, além de Jesus, pode
nos alimentar com o verdadeiro “pão da vida”. Por isso, precisamos ter cuidado
com os alimentos que nos são oferecidos por aí, em certas igrejas ou nas mídias
sociais, pois, como disse Pedro, só Jesus tem palavras de vida eterna (João
6.6)
Portanto,
o evento do maná nos ensina que o verdadeiro alimento espiritual está em Jesus,
“o pão vivo que desceu do céu” (João 6.51). É crendo nele, entregando-lhe a vida, orando e lendo
a sua Palavra que nos alimentamos do verdadeiro “pão da vida”. O leitor já se
alimentou desse pão? Pense nisso. A Bíblia ainda fala!