“Então o Anjo do Senhor apareceu a Gideão e lhe disse: O Senhor está com você, homem valente”
(Juízes 6.12)
A
Bíblia fala sobre Gideão, o quinto juiz usado por Deus para livrar Israel da
servidão aos midianitas. Quando chamado por Deus, Gideão estava bastante
ocupado, malhando o trigo no lagar – lugar onde normalmente se pisava as uvas -
num total ato de desespero em razão da opressão imposta pelos midianitas.
Inicialmente, Gideão se mostrou relutante ao comissionamento divino, mas o
aceitou em face da promessa de Deus de estar com ele. Na sua trajetória como
líder militar e civil de Israel, Gideão rompeu com a idolatria, destruindo o
altar de Baal. No entanto, depois de derrotar Midiã, Gideão induziu o povo de
Deus ao pecado da idolatria, como lemos em Juízes, a partir do capítulo 6.
Neste post, mostramos cinco aspectos
da vida de Gideão que fizeram dele um herói improvável.
1. Gideão se mostrou humilde diante do
chamado de Deus
Gideão,
apesar de fazer parte de uma família possuidora de bens, se mostrou humilde
quando foi recrutado pelo Senhor para livrar Israel. Ele disse: “Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu
sou o menor na casa de meu pai” (Juízes 6.15). Como sabemos, a humildade
é uma virtude que agrada a Deus (cf. Tiago 4.6 ) e, por isso, deve fazer parte da vida
de quem vive em comunhão com o Senhor e é chamado para sua obra. Comportamento
semelhante a esse de Gideão tiveram Moisés (cf. Êxodo 3.11) e o profeta Jeremias
(cf. Jeremias 1.6). A atitude de humildade de Gideão atraiu a o favor do Senhor,
que prometeu estar com ele (Juízes 6.16).
2. Gideão tornou-se um adorador do Senhor
Gideão,
certamente, estava vivendo fora da vontade de Deus, em plena apostasia
espiritual, assim como sua família e todo o povo de Israel. No entanto, ao
receber o chamado de Deus, ele rompeu com a idolatria, tornando-se um adorador
de Jeová. O texto sagrado nos diz que “Gideão
edificou ali um altar ao Senhor” (Juízes 6.24). Romper com a idolatria
foi uma atitude difícil para Gideão,
pois, a mando de Deus, teve que derrubar o altar de Baal (cf. Juízes
6.27,28), o que quase lhe custou a vida, mas que o deixou preparado para ser um
instrumento na mão do Senhor.
3. Gideão se deixou encher do Espírito
Santo
Gideão
certamente compreendia que, para vencer a batalha que se apresentava diante
dele, tendo que livrar a Israel da exploração dos midianitas, precisava do
revestimento espiritual, resultado da presença do Espírito Santo na sua vida. O
texto bíblico nos diz que o “Espírito do Senhor
revestiu Gideão” (Juízes 6.34). A partir desse revestimento, ele começou
a agir, convocando os seus patrícios para a batalha que estava prestes a se
tornar realidade.
4. Gideão era um homem prudente nas suas
decisões
Apesar
de receber do Senhor a promessa de sua presença (cf. Juízes 6.16), Gideão sabia que
a tarefa que tinha pela frente era difícil e extremamente perigosa, podendo
custar a sua vida e a de muitos. Por isso, prudentemente pediu a Deus uma
confirmação do seu chamado, sendo prontamente atendido (cf. Juízes 6.36-40). A
confirmação dada por Deus renovou a fé de Gideão, deixando-o mais confiante na
provisão divina, de modo que ele se levantou de madrugada para cumprir sua
missão (cf. Juízes 7.1), aceitando as orientações de Deus para ir à batalha com uma
tropa reduzida (cf. Juízes 7.2-6).
5. Gideão era um líder estrategista
No
campo de batalha, tendo sob sua liderança apenas trezentos homens, conforme
orientação do Senhor, Gideão estabeleceu as estratégias para enfrentar os midianitas
(cf. Juízes 7.16-18), que estavam acampados em um vale próximo, esperando o dia
seguinte para saquear Israel. No entanto, as estratégias de Gideão não
constaram no uso de armas de guerra, como espadas e lanças, mas de tochas e
trombetas, numa evidência de que Deus estava guerreando por ele e por todo o povo
de Israel.
Portanto, fica evidente, ao longo da narrativa bíblica sobre Gideão, que Deus é o responsável direto pela vitória sobre os midianitas. No entanto, os aspectos da vida desse homem que mostramos acima, de alguma forma, contribuíram para fazer dele um herói improvável entre os israelitas. A Bíblia ainda fala!