“Se alguém está pregando a vocês um
evangelho diferente daquele que já receberam, que esse seja anátema”
(Gálatas
1.9)
A
Bíblia fala que o evangelho de Cristo é o único que pode conduzir o ser humano
à salvação. Nesse evangelho, o ser humano é apresentado como pecador,
destituído da presença de Deus (Romanos 3.23).
Jesus, nesse contexto, é o Filho de Deus, enviado ao mundo para morrer em favor
do pecador, tornando-se seu único Salvador (João
3.16). No entanto, como sugere o texto bíblico de Gálatas 1.9, há outros “evangelhos” disseminados atualmente
em algumas igrejas evangélicas e também nas mídias sociais, concorrendo com o
evangelho da graça de Deus, com mensagens que, sutilmente, induzem as pessoas a
viverem distantes do verdadeiro evangelho. Neste post, de modo bem sucinto, apresentamos três tipos de evangelho que
estão sendo propagados atualmente nos púlpitos e redes sociais, distorcendo a
Palavra de Deus.
1.
Um evangelho difundido atualmente no meio evangélico é o da prosperidade. Esse
evangelho distorce a Palavra de Deus, anunciando promessas que Deus nunca fez.
Assim, para esse evangelho, fé é sinônimo de sucesso, piedade é confundida com
riqueza e vida com Deus é vista como conforto e bem-estar social. Seguir Jesus
é, no contexto desse evangelho, viver a vida cristã em constante vitória,
abundância de bens e ausência de mal-estar. Os propagadores desse evangelho
procuram atrair as pessoas demonstrando viverem uma vida de abundância, de muita
prosperidade material. Eles se utilizam de textos bíblicos específicos e
descontextualizados - como o de João 10.10 –
para justificarem seus falsos ensinos. No geral, as igrejas que têm propagado esse
evangelho são aquelas que dão muita ênfase à questão financeira, exigindo de
seus membros “sacrifícios financeiros” que não estão na Bíblia, o que justifica
a vida de luxo e riqueza de seus líderes.
2.
Outro evangelho difundido atualmente é o da autoajuda. Esse evangelho também
distorce a Palavra de Deus, tendo em sua essência um humanismo disfarçado,
induzindo as pessoas a pensarem que são deuses. Assim, no contexto desse
evangelho, o que importa é promover o bem-estar emocional e psicológico das
pessoas, sem se importar com o que elas estejam fazendo ou como estão vivendo
para isso. Em outras palavras, esse evangelho propõe que as pessoas sigam Jesus
de seu jeito, contanto que se sintam bem. Sendo assim, para os expositores
desse evangelho, falar de determinados pecados não é apropriado nem
politicamente correto. Alguns deles até sugerem que a Bíblia precisa se
atualizar ao tratar de alguns temas, como a homossexualidade, por exemplo. Os
textos bíblicos são distorcidos e utilizados fora de seu contexto, possibilitando
que 1 Coríntios 10.31, por exemplo, seja entendido
como um meio de satisfação pessoal legítimo.
3.
Por último, outro evangelho presente em muitas igrejas é o da política. Esse
evangelho se confunde com as ideologias políticas – seja de direita ou esquerda
– que, de certa forma, em certa medida e com objetivos mais nobres, também são
temas pautados na Palavra de Deus. Fazendo uso de uma teologia equivocada, seus
propagadores defendem a prerrogativa triunfalista de que a igreja deve está
presente em todas as áreas de atuação humana – inclusive a política - pois ela
é a representação maior do reino de Deus neste mundo. Com isso, eles,
sutilmente escondendo seus interesses políticos, objetivam induzir as pessoas,
isto é, os cristãos, a abraçarem uma causa político-religiosa, votando em
determinado político ou partido. Em face disso, vemos igrejas evangélicas, por
determinação de suas lideranças, abraçando a causa política como se fosse a
causa do Reino, esquecendo que a missão da igreja não é política, como Jesus
deixou bem claro em João 18.36, mas
espiritual, promovendo o reino de Deus através da pregação do evangelho, de
modo que pecadores se convertam de seus pecados, aceitando a Cristo como
Salvador, e aguardando a sua bem-aventurada aparição para implantar o Reino de
Deus aqui neste mundo.
Portanto,
o evangelho de Cristo, muito bem explanado na Palavra de Deus, é o único que
pode conduzir o ser humano à salvação em Jesus, deixando-o apto para viver em verdadeira comunhão com Deus. Qualquer evangelho que não apresente o ser humano
como pecador ou Jesus como seu Salvador e mediador diante de Deus que seja
anátema, isto é, maldito. A Bíblia ainda fala!