Dê-me um pouco de água”
(João 4:7).
1.
Jesus, na sua presciência, sabe que precisamos dele e, em razão disso, “marca”
um encontro conosco, como o fez com a mulher samaritana. O texto sagrado diz
que “era-lhe necessário passar pela região da
Samaria” (João 4.4). Encontrar-se com Jesus, nesse contexto, resulta em
uma mudança de vida: uma mudança que ocorre de dentro para fora e que resulta
em salvação. Feliz do ser humano com quem o Senhor Jesus marca um encontro!
Esse encontro é o início de uma nova vida, de pecados deixados para trás, de um
novo recomeço. Você, leitor, já teve esse encontro com o Salvador Jesus Cristo?
Saiba que ele quer ter um encontro com você. Um encontro que pode mudar toda a
sua vida.
2.
Jesus, quando se encontra conosco, só pede aquilo que podemos dar. O texto
sagrado diz que Jesus disse à mulher samaritana: “Dê-me
um pouco de água” (João 4.7). Em outro contexto, Jesus disse a seus
seguidores: “Se alguém quiser vir após mim,
negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Marcos 8.34).
Encontrar-se com Jesus e ter com ele comunhão exige, às vezes, renúncia de
nossa parte. O Senhor requer que vivamos em santidade, rejeitando os prazeres
mundanos que nos afastam da vida com Deus (1João 2.15). Sendo assim, convém que
estejamos sempre prontos para, com humildade e amor, atendermos ao que Jesus
nos pede em relação ao seu reino ou à vida de comunhão com ele.
3.
Jesus se encontra conosco porque tem o desejo de saciar nossa sede. É o que
entendemos quando o Senhor diz àquela mulher: “Se
você conhecesse o dom de Deus e quem é que está lhe pedindo água para beber,
você pediria, e ele lhe daria água viva” (João 4.10). Sendo assim,
podemos dizer com certeza que não adianta querermos saciar a nossa sede com a
água do mundo, isto é, com os seus prazeres e deleites. A verdadeira água que
mata a nossa sede vem de Deus, e está na pessoa bendita do Senhor Jesus.
Resta-nos, portanto, bebermos dessa água viva, vivendo em constante comunhão
com o Senhor e aguardando a sua bendita volta.
4.
Jesus, quando se encontra conosco, expõe a nossa realidade. Ele conhece a nossa
vida intima e secreta de tal modo que não temos como esconder nada dele. Na sua
conversa com aquela mulher samaritana, ele lhe disse: “Vai,
chama o teu marido, e vem cá. Ao que a mulher respondeu: Não tenho marido. Então
Jesus disse: Você tem razão ao dizer que não tem marido. Porque já teve cinco,
e esse que agora tem não é seu marido. O que você disse é verdade” (João
4.16,17 e18). À luz dessas palavras, compreendemos que precisamos viver a vida
cristã com sinceridade diante de Deus, pois ele “há
de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom,
quer seja mau” (Eclesiastes 12.14). Viver de aparências, portanto, não é
uma atitude sábia para aqueles que, um dia, tiveram um encontro com Jesus.
5.
Jesus revela que a verdadeira adoração brota do interior e é o resultado de uma
vida de comunhão com Deus. O texto
sagrado pontua: “Mas vem a hora — e já chegou — em
que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. Porque
são esses que o Pai procura para seus adoradores” (João 4.23). Adorar a
Deus, então, tem algo a ver com a nossa atitude interior, isto é, nossa vida íntima
e secreta, mas também com a nossa atitude exterior, isto é, nosso comportamento
diante dos homens. A adoração, portanto, não se restringe apenas aos momentos
quando estamos no templo, mas está ligada a nossa vida cotidiana: o que somos,
o que fazemos, o que pensamos, enfim, como vivemos a vida cristã.
Portanto,
o encontro de Jesus com a mulher samaritana é muito significativo para nós,
pois só Jesus tem “a água viva” que tanto precisamos para saciar a nossa sede espiritual.
Ninguém mais tem dessa água. A Bíblia ainda fala!