Jesus e a lei

 


“Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”

(Gálatas 4.4)

A Bíblia fala sobre Jesus e sobre a lei da Antiga Aliança, mostrando que há uma relação entre ambos. Na visão neotestamentária, a lei não somente apontava para Jesus, como também mostrava a sua supremacia no plano de salvação desenhado por Deus para o ser humano, como já falamos em outro post[1]. Neste post, destacamos três fatos envolvidos nessa relação e suas implicações para as nossas vidas.

1. Jesus nasceu sob a lei, como diz o texto bíblico: “Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gálatas 4.4). Isso implicar dizer que ele precisou cumprir a lei, sendo circuncidado, como ela determinava, e vivendo sob a sua tutela ao longo de sua vida terrena. Além disso, Jesus compreendia perfeitamente a essência da lei e a natureza de suas exigências, fazendo-nos compreender o quanto é impossível ao ser humano guardar os mandamentos de Deus em toda a sua essência, isto é, guarda-lo perfeitamente (Mateus 5.21,22, 27,28). Assim, Jesus, em sua natureza humana, foi capaz de satisfazer toda a justiça divina enquanto viveu sobre a terra, não cometendo nenhum pecado (Hebreus 4.15), e sendo o único capaz de substituir o ser humano diante de Deus por meio de sua morte na cruz.

2. Jesus nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldito por nós ao morrer na cruz, como enfatiza o texto sagrado: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar — porque está escrito: "Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro" (Gálatas 3.13).  A maldição, neste caso, estava no fato de vivermos uma vida fora dos padrões de Deus presentes na lei (Gálatas 3.10). Em outras palavras, seguindo a ótica paulina, éramos malditos porque não conseguíamos cumprir a lei por estarmos aquém de suas exigências (Romanos 3.10,23), razão pela qual precisamos confiar na justiça de Cristo para a salvação, pois ele se tornou, da parte de Deus, a nossa justiça (1 Coríntios 1.30). Dessa forma, em face da morte de Jesus em nosso lugar, saímos da condição de “malditos” em que estávamos diante de Deus - por não sermos capazes de satisfazer a sua justiça e santidade - para a condição de “benditos” (Mateus 25.34).

3. Jesus nos resgatou da escravidão da lei, tornando-nos filhos de Deus, como esclarece a Palavra divina: “para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos [...] Assim, você já não é mais escravo, porém filho; e, sendo filho, também é herdeiro de Deus por Cristo." (Gálatas 4.5,7). A escravidão consistia, considerando o contexto bíblico, em termos que obedecer a rudimentos legalistas judaizantes, como a guarda de dias (Gálatas 4.9,10), além de termos que conviver com a consciência do pecado imposta pela lei (Romanos 7.5). Sendo assim, fica mais evidente a importância da fé em Jesus pois, ao crer nele, fomos libertos dessa escravidão, de modo que hoje podemos viver um relacionamento com Deus como seus filhos: “Amados, agora somos filhos de Deus...” (1 João 3.2).

Finalizando, compreendemos que Jesus, em oposição à lei da Antiga Aliança, nos coloca em outro patamar diante de Deus: agora somos filhos e herdeiros de Deus (Gálatas 4.7). Isso deve nos encher de gozo e gratidão de tal modo que possamos dizer:  A Jesus toda honra e toda glória! A Bíblia ainda fala!



[1]  Leia o postQuatro fatos sobre a lei”

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