“E não
vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela
renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus”
(Romanos
12.2)
A
Bíblia fala sobre como deve ser a conduta do crente em relação à cultura
secular na contemporaneidade, trazendo à tona vários princípios que devem
nortear a vida do salvo em Cristo. Com o advento da internet e das novas
tecnologias, o acesso fácil aos jogos de azar passou a depender apenas de um
“clic”, o que tem contribuído para o aumento do número de jogadores.
Infelizmente, muitos crentes em Cristo – talvez por desconhecimento dos
princípios bíblicos – têm participado desses jogos, sofrendo algumas
consequências negativas para a sua vida espiritual e também material. Se antes
esses jogos eram considerados pecados no meio evangélico, hoje já não o são,
tendo em vista a predominância da teologia da prosperidade nos púlpitos de
várias igrejas, incentivando as pessoas a se apegarem às coisas matérias e, ao
mesmo tempo, distanciando-as da genuína fé em Cristo e da necessidade de buscar
as coisas espirituais (Colossenses 3.1,2). Neste
post, apresento quatro motivos pelos quais o crente em Cristo não deve
se envolver com os jogos de azar.
1.
Buscar nos jogos de azar a sorte é uma forma de desacreditar na provisão Deus,
que se apresenta como Pastor daqueles que nele creem: “O
senhor é o meu Pastor, nada me faltará” (Salmos 23.1). A vida com Deus
exige que o busquemos frequentemente, coloquemos o seu reino em primeiro lugar
em nossas vidas e confiemos que ele há de suprir as nossas necessidades, como
nos ensinou Jesus: “Busquem, pois, em primeiro
lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão
acrescentadas” (Mateus 6.33). Assim, quando nos entregamos a Deus e nele
confiamos, não há espaço para buscarmos a sorte nos jogos de azar.
2. Os
jogos de azar apresentam uma falsa promessa de solução rápida para os problemas
das pessoas, tornando-as materialistas por acharem que a solução dos seus
problemas está no que é material, isto é, no dinheiro, esquecendo-se das
demandas espirituais que envolvem a vida nesta terra, como nos ensinou Jesus (Lucas 12.13-21). Compreendemos que é possível uma
pessoa ter muito dinheiro e, ainda assim, ter muitos problemas não resolvidos em
sua vida, já que esta não se resume apenas a questões materiais, mas também a
questões espirituais, para as quais a solução não está no dinheiro, mas somente
em Deus. Por conseguinte, buscar nos jogos de azar uma solução fácil e rápida
para os problemas da vida é puro engano e desilusão, fazendo das pessoas uma
presa fácil das apostas.
3.
Apostar nos jogos de azar é uma forma indireta de atribuir ao dinheiro o poder
de resolver todos os problemas da vida. Em outras palavras, é fazer do dinheiro
um deus, contra o qual Jesus nos advertiu, dizendo: “Nenhum
servo pode servir a dois senhores; porque irá odiar um e amar o outro ou
irá se dedicar a um e desprezar o outro. Vocês não podem servir a Deus e à
riqueza” (Lucas 16.13). O crente em Cristo que faz uso dos jogos de azar
pode estar com um problema espiritual sério, por fazer do dinheiro o seu deus,
como enfatiza a Palavra divina: “Porque o amor ao
dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé
e atormentaram a si mesmos com muitas dores” (1 Timóteo 6.10). Nesse
contexto, uma simples aposta é suficiente para trazer à luz a vida espiritual
do cristão, mostrando o quanto ele precisa se voltar para o Senhor para, então,
compreender que apenas o Todo-Poderoso é suficiente para a sua vida.
4. Em
qualquer circunstância da vida, o crente deve confiar em Deus, não em jogos de
azar, conforme orienta o texto sagrado: “Bendito
aquele que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor” (Jeremias
17.7). Como sabemos, os jogos de azar são planejados para beneficiar apenas a
banca, não o jogador. Sendo assim, esses jogos têm o poder de inserir as
pessoas em um ciclo vicioso capaz de destruir sua reputação e vida, deixando-as
no desprezo e em várias necessidades. No entanto, quem confia no Senhor nunca precisará
buscar nas apostas uma solução para os problemas de sua vida, como nos ensina o
texto bíblico: “Os que conhecem o teu nome confiam
em ti, pois tu, Senhor, jamais abandonas os que te buscam” (Salmos
9.10). Portanto, confiemos no Senhor.
Concluindo,
a questão central que envolve os jogos de azar na atualidade não é se são
pecados ou não, mas as implicações espirituais que deles decorrem, como
mostramos acima. Certamente, o crente que a eles recorre o faz por uma questão
puramente espiritual: deixou de confiar no Senhor como o seu Pastor, isto é,
como aquele que supre as suas necessidades. E isso não é bom. A Bíblia ainda
fala!