“Cada um contribua segundo tiver proposto no coração”
(2
Coríntios 9.7).
A
Bíblia fala sobre a contribuição. No contexto das Escrituras, a contribuição é
uma prática cristã que deve fazer parte da vida de todo salvo em Cristo, tendo
como principal objetivo a promoção do reino de Deus aqui na terra. Desse modo,
contribuir financeiramente para a obra de Deus é um privilégio que deve seguir
os padrões estabelecidos pela Palavra de Deus, tendo em vista os interesses
escusos que caracterizam o mundo religioso contemporâneo, sobretudo em se
tratando da comercialização da fé no contexto brasileiro. Neste post,
apresento cinco fatos relacionados à contribuição à luz da Palavra de Deus em 2
Coríntios 9.1-15.
1. A
contribuição na igreja deve ter uma razão de ser, isto é, deve visar a um
objetivo, como fica evidente nas palavras do apóstolo: “Ora,
quanto à assistência a favor dos santos, não é necessário que eu escreva a
vocês” (2 Coríntios 9.1). Em outras palavras, não pode ser uma
contribuição aleatória, apenas para a igreja fazer caixa, mas uma contribuição
que vise socorrer os irmãos em necessidade, prover o sustento de quem trabalha
para a igreja, enviar e manter um obreiro na obra missionário, custear os
eventos que promovam a evangelização dos incrédulos, etc. Assim, a contribuição
consciente e objetiva é bíblica e não pode passar despercebida pelas lideranças
da igreja, nem por aqueles que contribuem.
2. A
contribuição é voluntária e deve refletir a imagem de um coração generoso que
contribui com alegria, compreendendo sua posição no reino de Deus. O texto
sagrado afirma: “Cada um contribua segundo tiver
proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama quem
dá com alegria” (2 Coríntios 9.7). Sendo assim, o crente em Cristo não
pode ser forçado ou coagido a contribuir, como ocorre em várias igrejas, mas
ensinado e incentivado a compreender a importância da generosidade na vida cristã
(Atos 20.35), de modo a promover o reino de
Deus contribuindo com consciência, voluntariedade e alegria.
3. A contribuição
é uma expressão de fé em Deus e, como tal, deve fazer parte da vida do crente
em Cristo. Paulo afirma que “Deus pode tornar
abundante em vocês toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla
suficiência, vocês sejam abundantes em toda boa obra" (2 Coríntios
9. 8). Quando o crente contribui para a obra de Deus, ele expressa sua fé em
Deus, acreditando que ele suprirá todas as suas necessidades. A contribuição é,
dessa forma, um ato de fé, pois o crente acredita que, ao dar, Deus continuará
a prover e abençoar a sua vida.
4. A
contribuição deve ser uma atitude de gratidão a Deus por ele ter nos abençoado
e ter nos colocado na condição de poder contribuir para o seu reino. A Palavra
divina nos ensina que é Deus “que dá semente ao que
semeia e pão para alimento” (2 Coríntio 9.10). Sendo assim, se estamos
em condição de contribuir é porque ele nos deu tal condição, e espera que
sejamos generosos para que, por meio da nossa generosidade, muitas ações de
graça sejam dadas a ele (2 Coríntio 9. 11).
5. A contribuição
para a obra de Deus nos faz abundar em muitas bênçãos da parte do Senhor. O
apóstolo Paulo enfatiza que Deus “também suprirá e
aumentará as sementes e multiplicará os frutos da justiça de vocês” (2
Coríntios 9.10). Embora a motivação da contribuição não deva ser a busca de
recompensas materiais, como se estivéssemos negociando com Deus, a sua promessa
é a de que ele abençoará generosamente aqueles que se dedicam à sua obra por
meio da contribuição.
Portanto,
a contribuição para a obra de Deus é um privilégio e também uma bênção. Um
privilégio porque nos faz participar da expansão do seu reino aqui na terra; e
uma bênção porque reflete o quanto ele nos abençoou e nos abençoará em face de
nossa generosidade. A Deus toda a glória! A Bíblia ainda fala!