“O Reino dos Céus é semelhante a um homem que
semeou boa semente no seu campo”
(Mateus
13:24)
A
Bíblia fala sobre a parábola do trigo e do joio, narrada por Jesus e,
posteriormente, por ele explicada (Mateus 13.24-30
e 36-43). Nesta parábola, Jesus falou que um homem semeou boa semente
(trigo) em seu campo. Mas, enquanto todos dormiam, um inimigo veio e semeou o
joio[1] no mesmo campo. Quando os
grãos cresceram, os servos perceberam o joio e perguntaram ao dono se deviam
arrancá-lo. Ele, então, respondeu que não, para que, ao colher o joio, não
arrancassem também com ele o trigo. Eles deveriam deixar crescer juntos até a
colheita, na qual o joio seria recolhido e queimado, e o trigo guardado no
celeiro. Neste post, apresentamos três lições que extraímos desse texto
bíblico.
1. O
falso evangelho – o joio – semeado pelo Diabo (Mateus
13.39) concorre fortemente com o verdadeiro evangelho de Cristo – o trigo.
Esse falso evangelho está presente, atualmente, em vários púlpitos de várias
igrejas, nas redes sociais – o evangelho coach – e em vários meios de
comunicação de massa, sendo muito bem representado por líderes altamente
conceituados no meio cristão. O falso evangelho ensina que é possível ser um
cristão e viver um relacionamento com Deus. No entanto, não ensina sobre o novo
nascimento, sobre a santidade, sobre a vinda de Jesus, nem tampouco fala em
mudança de vida. É o evangelho da barganha, do determinismo, da unção, da
prosperidade, da permissividade, dos desejos humanos, da visão do coração. O
falso evangelho, portanto, se mistura com o verdadeiro, deixando a falsa
impressão de que o reino de Deus está se expandindo velozmente nesse mundo, com
resultados maravilhosos.
2. O
falso evangelho tem feito o número de “convertidos” crescer no meio cristão-evangélico,
trazendo consequências prejudiciais à imagem da igreja evangélica que, vez por
outra, vê os seus membros nos noticiários jornalísticos envolvidos em
escândalos que maculam a sua imagem como propagadora do evangelho de Cristo. Assim,
a igreja evangélica tornou-se uma instituição na qual se constata um misto de
verdadeiros e falsos crentes, sendo estes últimos a representação maior do joio
da parábola de Jesus, aos quais a justiça divina está reservada no dia do juízo
(2 Pedro 2.9).
3.
Deus conhece o crente falso e o verdadeiro, pois nada passa despercebido aos
seus olhos. O texto sagrado diz: “O Senhor conhece
os que lhe pertencem” (Timóteo 2.19). Assim, haverá um dia em que ele
deixará bem nítida essa diferença, separando uns para o seu reino e glória e
outros para o reino das trevas, como nos ensina o trecho final da parábola (Mateus 13:41-43). Diferentemente de nós, humanos, Deus
não age com pressa, mas com sabedoria e paciência. Ele permite que o verdadeiro
e o falso crente convivam temporariamente, esperando que estes últimos se
arrependam (2 Pedro 3.9). No entanto, é
certo que o dia da colheita chegará e os verdadeiros crentes em Cristo serão
revelados e separados para participarem do seu reino e glória. Resta-nos, então,
confiar no Senhor e aguardar o maravilho dia da colheita.
Portanto,
a parábola do joio e do trigo nos ensina que é necessário que o verdadeiro e o
falso crente convivam no mesmo espaço, tendo a mesma aparência, professando a
mesma fé. No entanto, chegará o dia em que Deus manifestará o seu poder,
separando os verdadeiros crentes para participar de sua glória eterna. A Bíblia
ainda fala!